Projeto Ieté - Foto Shirley Cavalcante - Editora Inpa

 

Focado na implantação de uma rede de monitoramento ambiental integrado, aplicado à gestão de efluentes da Bacia Hidrográfica do Educandos, o Projeto Ieté, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), está na fase final de testes para sua conclusão, incluindo a recarga artificial de água no aquífero local. O projeto Ieté é financiado pela Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda (Seda-M) usando recursos da Lei de Informática para a Amazônia Ocidental. 

De acordo com o coordenador do projeto Ieté, o pesquisador do Inpa Márcio Luiz da Silva, a rede Ieté é uma ferramenta rápida e eficiente para gerar e disseminar conhecimento científico, capacitar recursos humanos para o desenvolvimento da Amazônia Brasileira e subsidiar a sociedade civil e o Estado em tomada de decisão quanto a sustentabilidade dos recursos hídricos.

Veja aqui vídeo que foi produzido sobre o projeto em português e inglês

Iniciado em 2019, o Ieté é pioneiro na criação de uma rede de monitoramento ambiental numa bacia hidrográfica urbana. A área de estudo fica na região onde está instalado o Polo Industrial de Manaus, onde foram observados indicativos de rebaixamento do nível de água do aquífero, além da existência de poços profundos e rasos, somados à carência de saneamento básico nas áreas urbanas ao redor. 

“A implantação da rede vai possibilitar uma avaliação das taxas de recarga (balanço hídrico) na Bacia Hidrográfica do Educandos, que por sua vez vai gerar informações sobre extração subterrânea de água, e em que medida as ações devem ser conduzidas para reequilibrar o nível e disponibilidade hídrica do aquífero local”, conta o coordenador. “Ao mesmo tempo verifica-se a viabilidade da técnica de recarga artificial, e se a adoção de sistema semelhante tem potencial de ser aplicado em larga escala, de forma sustentável”, complementa Silva. 

A pesquisa é desenvolvida no Bosque da Ciência do Inpa, em áreas de florestas secundárias, como a floresta do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e o Refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras, e em áreas antropizadas, cujas características originais foram alteradas pela ação ação humana, localizadas ao longo do canal principal da Bacia do Educandos. O Ieté tem como áreas de referências duas infraestruturas de suporte à pesquisa: a Reserva Florestal Adolpho Ducke e a Reserva Científica do Alto Cuieiras. 

Projeto Ieté

Ieté significa “todas as águas, água verdadeira” - na língua indígena Tupi. O projeto Ieté é o primeiro projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - PD&I do Inpa com uma empresa privada, e recebe recursos da Lei de Informática (Lei Federal nº 8.387/1991; Decreto 10.521/2020 - Art. 39º), administrados pela Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa, Extensão e Interiorização do Ifam (Faepi). O projeto conta com o apoio da equipe do Laboratório de Química Ambiental e do Laboratório de Modelagem Climática do Inpa e está registrado no diretório de pesquisa do CNPq, com os participantes do Inpa e Seda-M. 

 

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