O espaço de visitação pública do Inpa tem entrada gratuita e traz oportunidades únicas de ver de perto espécies amazônicas como peixe-boi da Amazônia, ariranha e quelônios da região

 

Da Redação - Ascom Inpa

Fotos: Débora Vale/ Ascom Inpa

Janeiro é mês de férias para muita gente. Que tal aproveitar uma das principais atrações turísticas de Manaus de forma gratuita e se divertir em contato com a biodiversidade amazônica? No Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o visitante pode ver de pertinho várias espécies de animais e plantas do bioma, além de exposições que mostram a ciência desenvolvida para conhecer e valorizar a região mais biodiversa do mundo, a Amazônia.

Numa área de fragmento florestal de 13 hectares (equivalente a 13 campos de futebol), o visitante pode fazer, em poucas horas e sem se deslocar da área central da capital, uma imersão no ambiente amazônico. No ano passado, o parque recebeu mais de 122 mil visitantes, boa parte estudantes de Manaus, e somente na primeira semana de janeiro  deste ano (2 a 7) foram 4.980 visitantes.

“Peixes-boi da Amazônia, ariranhas, tartarugas da Amazônia, peixes, macacos, cutias, preguiças, iguanas, pássaros e insetos são alguns dos animais que podem ser vistos no Bosque. Aqui o visitante tem num só lugar lazer, contato com a natureza, aprendizado e uma experiência que marca a vida”, conta o chefe do Bosque da Ciência, Francisco Cavalcante.

É exatamente essa a sensação que diz sentir o professor da rede pública, o sociólogo Francinézio Amaral. “Isso aqui é maravilhoso. É um dos lugares mais bacanas que marcaram a minha vida. No Ensino Médio eu sempre vinha aqui e na Ufam, e ficava horas rodando. Estar no Bosque é sempre uma experiência nova”, contou Amaral que trouxe o amigo colombiano para conhecer o parque.

Criado em 1995, o parque conta com uma rica variedade de plantas. Destaque para a Tanimbuca - uma árvore com idade estimada em 600 anos, a sumaúma -  gigante da Amazônia, a palmeira que anda (paxiúba), a seringueira, o mogno e o açaizeiro. 

Pesquisa recente feita pelo Inpa mostra que no Bosque a temperatura do ar pode ser até 10°C menor que na área urbana próxima, o que dá ao visitante uma sensação agradável mesmo estando a poucos metros do asfalto da cidade.  

Para ter uma visão da copa das árvores, basta andar pela trilha suspensa. Na área, com sorte, se avista macacos parauacus fazendo um lanche com frutos de inajá. O que cai no chão vira comida de cutias, mamíferos roedores comuns no parque. Na parte inferior do parque tem ainda muitos atrativos para explorar: trilhas  agroflorestal e pavimentada, condomínio das abelhas sem ferrão, Lago Amazônico, viveiro dos jacarés e o Centro de Estudos de Quelônios da Amazônia (Cequa), onde são encontradas 11 das 21 espécies de quelônios amazônicos.

Casa da Ciência

Com centenas de amostras da biodiversidade amazônica, a exposição da Casa da Ciência encanta os visitantes, que ainda podem manusear. Em Tramas da Ciência é possível conhecer, de forma atraente e divertida, coleções de borboletas e outros insetos, a maior folha do mundo (Coccoloba gigantifolia - 2,50m x 1,44m), peixes, uma pele de cobra de sucuri de 6,80m (sem a cabeça da serpente), crânios de jacarés, sapos e rãs, pássaros, e grandes projetos de pesquisas do Inpa sobre mudanças climáticas. Há ainda uma sala com exposição exclusiva sobre o peixe-boi da Amazônia.

Isabele dos Santos, 4 anos, ficou fascinada com a exposição de borboletas na Casa da Ciência que conheceu em sua primeira visita ao Bosque. Rosileide dos Santos, mãe da pequena, conta que é a primeira vez que Isabele vê uma borboleta tão de perto e que devido ao pouco contato com a natureza ela costuma ter medo de animais e insetos no dia a dia. 

“A Isabele ficou encantada de ver os animais, o jacaré, as borboletas, mas hoje em dia não temos mais esse privilégio de ver os animais de perto. Eu trouxe ela para conhecer, porque ela tem medo, mas acho importante ela conhecer”, explica a mãe. 

A convivência próxima com natureza pode proporcionar para as crianças bem-estar, diminuindo os níveis de estresse, melhorando a saúde física e mental, além de estimular a curiosidade e a criatividade. As trilhas presentes no Bosque até o viveiro dos jacarés são boas fontes de exercício físico. 

Localizado no Bairro de Petrópolis, próximo à bola do Coroado, o Bosque funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 12h, e das 14h às 17h, com o fechamento da portaria meia hora antes do encerramento. Às segundas o espaço é fechado para manutenção. A entrada é gratuita, basta agendar pelo site.

Serviço

Bosque da Ciência — INPA 

Endereço: Rua Bem-te-vi, S/nº, bairro Petrópolis, Manaus-AM

Entrada: Gratuita 

Agendamento: https://bosquedacienciaam.wixsite.com/agendamento 

Funcionamento: Terça a domingo, exceto segundas-feiras.

Horário: das 9h às 12h e das 14h às 17h. A portaria fecha 30 minutos antes do encerramento.

 

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