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Inpa recebe homenagem da Fapeam em cerimônia do Dia Estadual do Pesquisador Científico 

A celebração contou com o lançamento de três editais que somam mais de R$ 20,3 milhões

Da Redação - Inpa 

Fotos: Paulo Vinícius 

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e as pesquisadoras Maria Teresa Piedade e Elizabeth Gusmão foram homenageados nesta quarta-feira (27) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em reconhecimento às significativas contribuições à ciência, tecnologia e inovação. A cerimônia pelo Dia Estadual do Pesquisador agraciou pesquisadores e instituições de ensino e pesquisa do Amazonas e foi marcada pelo lançamento de três editais que somam mais de R$ 2,3 milhões direcionados a pesquisadores e empreendedores.  

Com sete décadas de trajetória científica, o Inpa é referência para os estudos de biodiversidade amazônica, ecossistemas e mudanças climáticas. A instituição tem relevante papel na formação de uma nova geração de pesquisadores na Amazônia e na produção de conhecimentos e tecnologias que auxiliam em ações para a conservação da Amazônia e melhoria da vida das pessoas.  

“Hoje é dia de celebração, pesquisadores, instituições e a Fapeam estão de parabéns. O Inpa faz ótimo uso dos recursos de financiamento à ciência, produzindo conhecimento fundamental para o desenvolvimento de soluções para o enfrentamento das mudanças do clima e para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, destacou o diretor. 

Os mais novos editais são o Programa Fapeam de Produtividade em CT&I (R$ 2 milhões), Amazonas Fapeam + ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável  (R$ 2,7 milhões) e o Programa Nacional de Apoio à Inovação Tecnológica - Tecnova III, uma parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos  - Finep/ MCTI (R$ 15,6 milhões). De 2019 a 2024, o Governo do Amazonas investiu mais de R$ 730 milhões em CT&I e a meta é superar R$ 1 bilhão até 2026. 

“Este é o último lançamento de edital do ano. E a gente já dá uma sinalização daquilo que pretende focar em 2025, que são os eventos climáticos, o desenvolvimento sustentável e o empreendedorismo. Isso é fundamental para que a gente possa criar resiliências para as cidades, principalmente do interior”, adiantou o governador Wilson Lima. “Isso é fundamental também para a tomada de decisão das instituições, entendendo o que neste momento será prioridade e qual o caminho precisamos seguir”, completou.

A diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, ressaltou que a celebração é mais que uma comemoração, é um momento político para renovar o compromisso com a CT&I como motor do desenvolvimento e de transformação social. “Reafirmamos a importância de investir em pesquisa, como vem fazendo o Governo do Estado, e de fomentar a geração de conhecimento para podermos continuar enfrentando os desafios do nosso tempo e para sermos um estado cada vez mais próspero”, pontuou.

Homenagens

O Dia Estadual do Pesquisador Científico é comemorado no dia 18 de novembro e a data entrou para o calendário Oficial do Amazonas, por meio da Lei nº 6.943/2024. Além do Inpa, foram homenageados professores, pesquisadores e instituições que se destacaram na produção científica, tecnológica e de inovação no Amazonas: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Universidade Nilton Lins, Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A pesquisadora do Inpa e líder do Grupo de Pesquisa Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (GP Maua), Maria Teresa Piedade, foi uma das homenageadas. A renomada ecóloga compartilhou conhecimentos e pesquisas junto ao Comitê Técnico Científico (CTC) para o enfrentamento à estiagem e mitigação dos impactos dos fenômenos climáticos extremos  no Amazonas.

“Este é um momento de grande prazer. Eu tive reconhecimento em altos níveis, mas é no estado do Amazonas onde desenvolvo minha pesquisa e vivo minha vida há décadas. Então, é muito importante ver esse crescimento, essa coligação no sentido de produzir mais ciência integrada, e contemplar as pessoas com alguma homenagem é realmente gratificante”, revelou Piedade, que é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e leva no extenso currículo várias condecorações, e uma das mais recentes foi a Ordem Nacional do Mérito Científico de 2023.

A pesquisadora Elizabeth Gusmão, líder do Grupo de Pesquisa Aquicultura na Amazônia Ocidental e coordenadora da Pós-graduação em Aquicultura (PPG-Aquicultura) da Nilton Lins em associação com o Inpa, ressalta que a distinção reflete o reconhecimento do esforço de anos em prol da CT&I e da sociedade, principalmente na área da criação de peixes nativos da Amazônia, como tambaqui, matrinxã e pirarucu. 

“Um dos resultados mais significativos é formar pessoas em todos os níveis e poder disseminar o conhecimento e a tecnologia para os diversos segmentos da sociedade. Em termos de pesquisas, temos desenvolvido tecnologias já aplicadas no setor produtivo, que têm alta produtividade com espécies nativas e não exige uso excessivo de água, oferecendo à sociedade oportunidades de melhoria de qualidade de vida”, destacou Gusmão, que tem no currículo diversos projetos financiados na Fapeam.