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O PPG-Ciências de Florestas Tropicais do INPA convida toda comunidade acadêmica científica para prestigiar a Aula de Qualificação de Doutorado abaixo:

Projeto de tese: Restauração ativa de florestas tropicais de crescimento secundário: efeitos de tratamentos silviculturais e viabilidade econômica em plantios de enriquecimento

Aluno: André Henrique Bueno Neves

Orientador: Dr. Marciel José Ferreira

Data: 30 de agosto de 2022 (terça-feira)

Horário: 9h (horário de Manaus/AM)

Transmissão: via Google Meet - link: https://meet.google.com/qid-umkc-gmi

Banca examinadora:

1. Jochen Schöngart (INPA)
2. José Zilton Lopes Santos (UFAM)
3. Gustavo Schwartz (EMBRAPA)

 

Resumo: O aumento recente nas taxas de desmatamento na Amazônia Legal e a crescente pressão sobre florestas naturais maduras reforça a necessidade de se adotar práticas mais sustentáveis de manejo dos recursos florestais, assegurando a manutenção dos serviços ecossistêmicos promovidos pelas florestas. Neste contexto, o manejo de florestas de crescimento secundário (conhecidas popularmente como capoeiras) - formações florestais que já sofreram algum distúrbio e têm se expandido em regiões tropicais - torna-se uma opção importante para reduzir os impactos da exploração em florestas maduras. Todavia, florestas de crescimento secundário costumam ser vistas como improdutivas financeiramente, em especial pela falta ou baixa abundância de espécies de valor econômico e, consequentemente, reduzido estoque de madeira comercial. Quando presentes, essas espécies sofrem forte competição por recursos primários de crescimento (e. g. luz e nutrientes) com a vegetação espontânea em regeneração, que pode reduzir a produtividade das árvores de interesse comercial. Desta forma, para o seu adequado manejo, é necessário compreender as mudanças nos recursos ambientais e a relação com o crescimento das árvores frente às intervenções silviculturais aplicadas. No presente projeto, o objetivo central é investigar como múltiplos tratamentos silviculturais influenciam a produtividade e o desempenho funcional de espécies florestais em plantio de enriquecimento de florestas de crescimento secundário, bem como avaliar a viabilidade financeira da implantação e condução deste sistema silvicultural. Para isso, serão avaliados dois experimentos: Experimento I - Enriquecimento de floresta de crescimento secundário sob gradiente de redução de área basal, implantado em março de 2017, na Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas – FAEXP/UFAM em uma área de 17 hectares. Foram plantadas 1800 mudas de seis espécies florestais de alto interesse socioeconômico: Castanheira da amazônia (Bertholletia excelsa Bonpl.); Andiroba (Carapa guianensis Aubl.); Cedro (Cedrela fissilis Vell.), Jatobá (Hymenaeae courbaril L.), Mogno (Swietenia macrophylla King.) e Ipê-Rosa (Tabebuia rosea (Bertol.) Bertero ex A. DC.). A implantação foi realizada no espaçamento de 3 x 3 metros, em que as plantas foram cultivadas sob seis tratamentos de desbaste referentes à redução da área basal em árvores do dossel (> 5 cm) (0; 20; 40; 60; 80 e 100% de remoção) e, dois tratamentos de remoção do sub-bosque (remoção completa do sub-bosque e controle) aplicados em duas subparcelas criadas em cada parcela dos tratamentos de redução da área basal. Após seis anos do plantio, em 2023 será aplicado um novo tratamento silvicultural nomeado “fertilização de manutenção” com a adição de macro e micronutrientes nas diferentes parcelas dos tratamentos de desbaste. Nesse experimento será testada a influência da adubação da manutenção nas características funcionais e crescimento das árvores, além disso, será avaliada a viabilidade econômica do experimento, considerando a variação do capital investido no tempo, a partir do cálculo de indicadores de viabilidade econômica em conjunto com análises de sensibilidade. Experimento II - Enriquecimento em clareiras oriundas de cortes de liberação em floresta de crescimento secundário de 35 anos localizada na FAEXP/UFAM. Os cortes de liberação foram realizados durante o ano de 2021 com o objetivo de favorecer o crescimento de árvores de Goupia glabra (Aubl.) provenientes da regeneração natural. A floresta cobre uma área de 35 hectares, onde foram instalados cinco blocos experimentais, sendo cada bloco dividido em duas parcelas de 1 hectare (100x100m) (controle e cortes de liberação). Nas parcelas onde o tratamento foi aplicado, toda vegetação no entorno das árvores de G. glabra selecionadas foi removida em um raio de 2 m, além da remoção de indivíduos adjacentes a este raio que estivessem impedindo a expansão da copa das árvores beneficiadas, criando aberturas no dossel da floresta. O enriquecimento via plantio de mudas será realizado apenas nas parcelas onde foram aplicados os cortes de liberação, com a introdução de cinco espécies de valor comercial, a saber: Pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke), Cumaru (Dipteryx Odorata (Aubl.) Willd.), Cupuaçu (Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Schum), Cacau (Theobroma cacao Linnaeus) e Açaí (Euterpe oleracea Mart.). Neste segundo experimento, serão testados os efeitos de diferentes formas de fertilização de plantio (mineral, orgância e verde) sobre o crescimento, a sobrevivência e as características funcionais das espécies implantadas nas parcelas sob intervenções silviculturais. Espera-se a partir dos resultados obtidos contribuir no entendimento dos padrões e mecanismos de crescimento das diferentes espécies implantadas e na definição da viabilidade não somente técnica, mas econômica deste sistema silvicultural. Tendo em vista a dominância desta tipologia florestal em paisagens antropizadas na Amazônia, o manejo de florestas em regeneração pode contribuir significativamente com a oferta de bens madeireiros e não madeireiros, além de reduzir a pressão de exploração em florestas maduras e, desta forma, mitigar os impactos do desmatamento na emissão de gases de efeito estufa e as mudanças do clima.

 

 

Abraços virtuais e contamos com sua presença!

 

Saudações,

Jéssica Telles

Bolsista de apoio técnico Fapeam

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