O renomado cientista brasileiro e professor da USP, o físico Paulo Artaxo, mostrará em sua palestra os resultados do novo Relatório do IPCC, divulgado nesta semana. Artaxo também é professor do Programa de Clima e Ambiente (Inpa/UEA)

 

Da Redação Inpa

Banner: Tito Fernandes - Editora Inpa

 

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realiza nesta quinta-feira (12) a Aula Magna para receber 119 novos alunos de mestrado e doutorado dos Programas de Pós-Graduação da Instituição. O tema da aula é "Impactos de Mudanças Climáticas na Amazônia", que será ministrada pelo cientista de renome internacional, o professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), Paulo Artaxo.

A transmissão da Aula Magna, pela primeira vez de forma virtual por conta da pandemia de Covid-19, será pelo canal do Inpa no YouTube/ INPA, às 14h de Manaus. Participarão da Abertura a diretora do Inpa, Antônia Franco, a coordenadora de Capacitação, Beatriz Ronchi Teles, e o coordenador de Pós-Graduação, Paulo Maurício de Alencastro.

Na palestra, Artaxo apresentará resultados do novo Relatório do IPCC, divulgado na última segunda-feira (09), sobre os impactos recentes das mudanças climáticas causadas pela atividade humana na floresta amazônica e no aquecimento do planeta. O IPCC estima que a temperatura média global deve subir 1,5°C já na próxima década e a Amazônia pode virar savana.

Artaxo é professor permanente do PPG Clima e Ambiente (programa do Inpa em associação com a Universidade do Estado do Amazonas) e membro do Comitê científico do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA/Inpa/MCTI). O pesquisador atua de forma expressiva em estudos envolvendo os efeitos da mudança climática na Amazônia e mantém estreita colaboração com o Inpa.

 

"O currículo profissional do Dr. Paulo Artaxo é vasto e abrange todas formas possíveis de atuação de um cientista para contribuir com a academia e a sociedade em geral, portanto, um exemplo a ser seguido por todos nós. E com certeza sua palestra será imperdível”, destacou o Coordenador da Pós-Graduação do Inpa, o pesquisador Paulo Maurício de Alencastro.

 

De acordo com informações da Coordenação de Pós-Graduação (Copog), o Inpa possui atualmente 545 alunos matriculados nos PPGs. Destes, 309 são mestrandos e 236 doutorandos. Em mais de 40 anos de atuação da pós-graduação, o Instituto já titulou 3.066 alunos de mestrado e doutorado até o momento, contribuindo com a formação de novos pesquisadores, de recursos humanos para bem gerir a Amazônia e desenvolver de forma sustentável a região.

 

Programas de Pós-Graduação

 

Os Programas de Pós-Graduação do Inpa estavam funcionando de forma remota, desde o início da pandemia, em março de 2020. Atualmente, a Pós-graduação atua de forma híbrida, com aulas teóricas ministradas de forma remota e aulas práticas podendo ser realizadas de forma presencial. Aulas e defesas de qualificação, teses e dissertações utilizam as plataformas de comunicação na web.

 

Segundo Paulo Maurício de Alencastro, as atividades presenciais também se estendem para os trabalhos que necessitam do uso de laboratórios e atividades de campo nas reservas experimentais do Inpa. O coordenador salienta que as atividades presenciais estão obedecendo a uma série de normas que foi estabelecida pelo Inpa e pelo MCTI para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus.

 

"Acreditamos que esta forma híbrida de atuação deverá perdurar mesmo após o fim da pandemia. Apesar da dificuldade inicial dos docentes se adaptarem às novas formas de tecnologias de TI para comunicação remota, a forma remota de ministrar aulas trouxe a possibilidade de uma maior interação com outras instituições, permitindo praticamente convidar especialistas de qualquer parte do mundo para contribuírem com as disciplinas”, contou Alencastro.

 

De acordo com Alencastro, houve um esforço conjunto dos coordenadores dos cursos e do corpo docente para manter a produção de teses e dissertações de forma satisfatória, apesar dos impactos da pandemia, por conta das perdas de pessoas próximas, isolamento social e dificuldade ou impossibilidade para acessar laboratório ou fazer coletas em campo. De janeiro a dezembro de 2020, incluindo os programas e rede e em associação, a Pós do Inpa teve 131 teses e dissertações defendidas.

 

"Além disso, o Programa de Pós-graduação em Clima e Ambiente se destacou no evento Prêmio Capes de Tese 2020, que condecorou 49 teses em categorias distintas, e 94 menções honrosas das quais o egresso, Igor Oliveira Ribeiro recebeu a Menção Honrosa na categoria Geociências”, destaca o coordenador.

 

Outro destaque foi o Prêmio 2020 da Ecological Society of America (ESA), categoria William Cooper, recebido pela egressa do doutorado em Ecologia do Inpa, Carolina Levis, por sua pesquisa sobre a domesticação de parte da flora da floresta amazônica.

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Att.

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