Edição: Jéssica

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O PPG-Ciências de Florestas Tropicais do INPA convida toda comunidade acadêmica científica para prestigiar a Defesa Pública de Mestrado abaixo:

Dissertação: Padrões, trajetórias e simulação do desmatamento em Lábrea, sul do Amazonas

Aluna: Beatriz Figueiredo Cabral

Orientador: Dr. Philip Martin Fearnside

Coorientadora: Dra. Aurora Miho Yanai Nascimento

Data: 05 de agosto de 2022 (sexta-feira)

Horário: 15h (horário de Manaus/AM)

Transmissão: via Google Meet - link: meet.google.com/yga-apgk-tqm

Banca examinadora:

1. Paulo Maurício Lima de Alencastro Graça (INPA)

2. Maria Isabel Sobral Escada (INPE)

3. Claudia Maria de Almeida (INPE)

 

Resumo: Nos últimos anos a perda de floresta na região amazônica tomou proporções alarmantes, observando-se em 2021 o maior aumento em 13 anos. A compreensão do processo e dinâmica do desmatamento nas diferentes categorias fundiárias permite que a projeção de cenários futuros aborde possíveis mudanças em relação às classes de uso e cobertura da terra. Neste estudo, analisamos os padrões e trajetórias de desmatamento e simulamos as mudanças de uso da terra até ao no de 2080 delimitando um buffer de 10 km em volta do município de Lábrea, localizado na região sul do Amazonas. Utilizando os dados do PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia por Satélite) de 2008 a 2021, os polígonos de desmatamento por corte raso foram classificados com base nas métricas de paisagem e nas tipologias de ocupação definidas para a região (i.e., difuso, linear, espinha de peixe, geométrico, multidirecional e consolidado). Este processo foi realizado por meio de grades celulares com resolução 10 × 10 km. A partir da análise temporal destes padrões, foram avaliadas as diferentes trajetórias do desmatamento. Por fim, os padrões e trajetórias foram associados às diferentes categorias fundiárias e ao processo de ocupação da região. Reivindicações autodeclaradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) são denominadas de “imóveis”. Por meio de um modelo dinâmico espacial foram simulados cenários futuros para a região de Lábrea até o ano de 2080. Para isso, a área de estudo foi dividida nas seguintes regiões: áreas com imóveis menores que 100 ha, áreas com imóveis maiores que 100 ha, assentamentos rurais, áreas protegidas, e terras não destinadas. Com base nas taxas históricas de desmatamento calculadas para cada região no período de 2010 à 2019, foram construídos dois cenários futuros: (i) "Cenário Linha de Base" (LB) que utilizou as taxas (2010-2019) para todo o período da simulação e (ii) "Cenário Com Expansão" (CE) que simulou um aumento das taxas de desmatamento com a construção das rodovias planejadas (i.e., BR-230, BR-317 e AM-165) presumidas a ocorrer no ano de 2045. O aumento das taxas de desmatamento ocorreu para as regiões dos imóveis maiores que 100 ha, áreas protegidas e terras não destinadas. Para este aumento de taxa, foram utilizadas como referência as taxas mais recentes de desmatamento (i.e., de 2015 a 2021). Os resultados sobre os padrões e trajetórias do desmatamento indicaram que a maior parte do território de Lábrea é composta pelo padrão difuso, que se concentram principalmente nas áreas protegidas. Os padrões associados aos níveis mais avançados de ocupação (i.e., multidirecionais e consolidados) foram os que mais contribuíram para o desmatamento. A trajetória observada em Lábrea consiste na consolidação da região sul do município, e da expansão para a parte central do município a partir dos ramais do Boi e Jequitibá, importantes vias de acesso ocupadas principalmente por grandes imóveis. A modelagem do desmatamento demonstrou que no cenário CE haveria maior área desmatada a partir da construção das rodovias planejadas, impactando principalmente as áreas protegidas e favorecendo o desmatamento nos imóveis sobrepostos às áreas protegidas. Ambos os cenários alertam para a expansão do desmatamento nos imóveis maiores que 100 ha e em terras não destinadas. O cenário CE também alerta que a construção de rodovias irá permitir o acesso a áreas de floresta dentro de áreas protegidas, o que aumenta as chances dessas florestas serem desmatadas e ocupadas ilegalmente.

 

Abraços virtuais e contamos com sua presença!

 

Saudações,

Jéssica Telles

Bolsista de apoio técnico Fapeam

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