Discente: CLÁUDIO ANDRÉ ROCHA ALVARES DE OLIVEIRA

Título: INFLUÊNCIA DO DISJUNTOR DE SOBRECORRENTE NA TENSÃO RESIDUAL DOS DISPOSITIVOS CONECTADOS AO RAMO DE PROTEÇÃO

Orientador: PROF. DR. GUSTAVO OLIVEIRA CAVALCANTI

Co-orientador: PROF. DR. MARCÍLIO ANDRÉ FÉLIX FEITOSA

Examinador Externo: PROF. DR. EMMANUEL ANDRADE DE BARROS SANTOS

Examinador Interno: PROF. DR. DANIEL AUGUSTO RIBEIRO CHAVES

Data: 19 DE FEVEREIRO DE 2025

Horário: 14:00

Local: SALA DE SEMINÁRIOS PPGES NO IIT/UPE

Resumo do projeto: 

As descargas atmosféricas atingem diversas localidades ao redor do mundo, causando uma série de problemas, dentre eles a degradação de dispositivos eletroeletrônicos conectados à rede elétrica. De acordo com padrões normativos, os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) devem ser incorporados às instalações elétricas para limitar sobretensões transitórias. No entanto, a possibilidade de falha nos DPS, que pode levar o dispositivo a entrar em curto-circuito, exige a adoção de dispositivos adicionais de proteção contra sobrecorrentes. Os disjuntores podem atuar como dispositivos de backup (seccionadores) de DPS, proporcionando proteção contra sobrecorrentes em casos de falhas. Quando incorporados ao ramo de proteção e submetidos a surtos elétricos, esses disjuntores geram quedas de tensão ao longo do ramo. No entanto, os padrões normativos atuais não tratam de forma detalhada, nem quantificam e qualificam adequadamente este fenômeno, deixando lacunas que dificultam o cálculo e a especificação do ramo de proteção mais adequado para este cenário. Assim, o principal objetivo deste estudo foi investigar a tensão residual de disjuntores de proteção e analisar seu impacto no ramo de proteção. Para isso, foi desenvolvido um setup de teste com base em normas de ciclo de operação, utilizando um gerador de onda combinada para simular descargas atmosféricas nos disjuntores. Foram testados nove modelos de disjuntores, totalizando 180 amostras, com o intuito de avaliar as tensões residuais desses dispositivos quando submetidos a diferentes correntes de surto, além de analisar métodos de medição que mitiguem tensões induzidas por interferências eletromagnéticas. Os resultados mostraram que a tensão residual dos disjuntores apresenta um comportamento linear crescente em função da corrente de surto aplicada, com o disjuntor atuando como uma resistência. Essas tensões residuais podem se somar às do DPS e às quedas de tensão nos condutores, alcançando níveis suficientemente elevados para causar problemas na rede elétrica e em equipamentos conectados. Assim, é fundamental que as normas técnicas passem a abordar explicitamente esse fator, dado que valores elevados de tensão residual podem comprometer tanto a segurança da rede elétrica quanto a dos equipamentos conectados a ela.

Palavras-chave: Dispositivo de Proteção contra Surtos; Descargas Atmosféricas; Disjuntores; Tensão Residual.

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