Edição: Jéssica
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Bem- vindo(a)!!
O PPG-Ciências de Florestas Tropicais do INPA convida a todos para prestigiar a Defesa Pública de Doutorado abaixo:
Título: Ecologia hidráulica de árvores amazônicas: da variação intra-específica ao funcionamento de ecossistemas
Aluna: Maquelle Neves Garcia
Orientadora: Dra. Flávia R. C. Costa - INPA
Data: 31 de agosto de 2021 (terça-feira)
Horário: 14h (horário de Manaus)
Status: online
Banca examinadora:
1. Bruno Rosado - UERJ
2. Luciano Pereira - UNICAMP
3. Adriane Esquivel-Muelbert - University of Birmigham
4. Thaise Emílio - UNICAMP
5. Marciel Ferreira - UFAM
Apresentação via ConferênciaWeb RNP - link: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/programa-ciencias-de-florestas-tropicais
Resumo: Essa tese foi elaborada para entender algumas das interações entre os gradientes ambientais e as propriedades hidráulicas e de ganho de carbono de espécies arbóreas na Amazônia e como isso potencialmente pode influenciar as relações com a dinâmica dessa floresta. Especificamente, no primeiro capítulo estudo a amplitude de variação intraespecífica de características hidráulicas e de aquisição/conservação de carbono de duas espécies dominantes em uma floresta na Amazônia central, e investigo como características ambientais e ontogenéticas afetam a variação intraespecífica dessas duas espécies. Encontrei uma alta variabilidade intraespecífica das características estudadas. A variação nas características hidráulicas dos indivíduos esteve mais associada à variação hídrica do solo ao longo de gradientes topográficos, enquanto a variação de características de ganho/conservação e carbono foram mais ligadas à variações ontogenéticas e de luz. Além disso, a existência destas diferentes pressões de seleção de características funcionais dos indivíduos leva a um desacoplamento na coordenação entre aquisição/conservação de carbono e características de uso de água, quebrando os padrões que são geralmente reportados entre diferentes espécies. No segundo capítulo estudo características funcionais hidráulicas e de ganho de carbono no nível da comunidade. Especificamente, eu testei se as características hidráulicas e fotossintéticas que se espera que sejam sensíveis à temperatura das folhas seriam bons preditores do crescimento diamétrico e, se através disso, poderiam afetar os padrões de abundância relativa das espécies. Neste capítulo estudamos 103 indivíduos cobrindo 33 espécies em uma floresta na Amazônia central. Eu encontrei que as características funcionais testadas são boas preditoras do crescimento e que as árvores que possuem menores taxas de crescimento são as mais raras na floresta e que também são as mais seguras hidraulicamente. A diferença entre a temperatura ambiente e a temperatura ótima da fotossíntese de cada espécie afetam a assimilação de carbono, e através deste caminho, afetam indiretamente a dominância das espécies. Assim, a sensibilidade à temperatura pode ser usada para prever as mudanças de composição de espécies em função de mudanças climáticas. No terceiro capítulo estudo os determinantes das características hidráulicas de árvores em diferentes sítios ao longo da bacia Amazônica, para poder prever a vulnerabilidade do ecossistema às secas. Especificamente, eu testei quais fatores ambientais (a profundidade do lençol freático, a fertilidade do solo e o déficit de precipitação do local) são mais importantes para definir vulnerabilidade ao embolismo de 165 árvores cobrindo 64 espécies, em 4 sítios que combinam todas as variações dos 3 fatores ambientais. Encontrei que o lençol freático superficial e a alta fertilidade são particularmente mais importantes para a definição de um sistema hidráulico vulnerável do que um suprimento constante de água via precipitação (i.e., baixo déficit sazonal precipitação no local). Para discutir a implicação desses resultados eu modelei a distribuição da vulnerabilidade ao embolismo ao longo da bacia amazônica e discuto as possíveis estratégias de árvores para lidar com isto.
Abraços virtuais e contamos com sua presença!!!!
At.te,
Jéssica Telles (Bolsista)
Secretaria do PPG-Ciências de Florestas Tropicais
E-mail:
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Telefone: (92) 3643-1838
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI)