Aluno: Davieliton Mesquita Pinho

Orientador: Dr. Bruce Walker Nelson

Data: 18 de fevereiro de 2021

Horário: 9h (Horário de Manaus)

Título: Padrões de fenologia foliar e a vulnerabilidade ao embolismo em uma floresta de terra firme na Amazônia Central

Banca examinadora:

1. Scott Stark - Michigan State University

2. Flávia Costa - INPA

3. Izabela Aleixo - INPA

Apresentação via Plataforma Zoom - Link: https://us02web.zoom.us/j/2929084127?pwd=eDN0VnVadzRUdkFZam1kV0sxS3hIdz09

Resumo: O estudo da fenologia é fundamental para compreensão dos impactos das mudanças do clima nos ecossistemas. Nas regiões tropicais variações na amplitude da temperatura e mudanças da sazonalidade da precipitação causam fortes efeitos na fenologia foliar que por sua vez, tem efeitos sobre a sazonalidade do balanço de carbono na Amazônia. Nestas florestas, a maior parte das árvores renovam suas folhas durante os meses mais secos do ano (i.e., julho a setembro). Entre 10 a 25% das árvores renovam suas folhas durante os meses mais chuvosos a cada ano. No entanto, ainda não está claro quais as vantagens evolutivas de se produzir folhas durante os meses mais secos ou chuvosos. Neste estudo, acompanhamos a fenologia foliar de 267 árvores em uma floresta de platô na Amazônia Central com uso de fenocam durante cinco anos e coletamos características funcionais relacionadas à vulnerabilidade ao embolismo para 30 árvores e perguntamos se as diferenças fenológicas estão associadas com vulnerabilidade ao embolismo entre as árvores monitoradas. Surpreendentemente encontramos que as árvores que produzem folhas durante os meses mais chuvosos não apresentam um padrão fenológico (i.e., eventos periódicos, cíclicos que se repetem anualmente). Assim, não existe um grupo de plantas especializadas na renovação foliar durante os meses mais chuvosos do ano. Também observamos que durante os seis meses mais secos existem dois picos de produção de folhas. Esses picos são determinados por diferentes grupos fenológicos (i.e. sempre verdes e brevidecíduas). A separação temporal da renovação foliar entre os dois grupos de plantas pode estar relacionada a atributos que determinam sua vulnerabilidade a danos gerados nos tecidos de transporte de água durante os períodos de déficit hídrico. Uma vez que as sempre-verdes possuem um sistema hidráulico mais resistente e as brevidecíduas sejam menos resistentes.

Go to top Menu